Novo cronograma é instaurado na CPI da Covid após depoimento de Barra Torres ser adiado
Presidente da Anvisa deve ser ouvido na terça (11)

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Devido ao adiamento do depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, para terça-feira (11), por causa da longa duração do testemunho do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. foi instaurado um novo cronograma na CPI da Covid. A nova agenda prevê a presença do ex-porta-voz da Presidência Fábio Wajngarten e do representante da Pfizer na quarta (12). Já na quinta (13), será a vez do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e de representantes da Pfizer.
O depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello está previsto para o dia 19 de maio, uma vez que foi remarcado por conta do contato do general com pessoas que tiveram o diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Pazuello tentou manter a audiência de maneira virtual, mas teve o pedido negado. Até agora, já prestaram testemunho da CPI os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
Nesta quinta (6), senadores travaram um novo embate sobre a polêmica do tratamento precoce, com uso de medicamentos, mesmo sem eficácia compravada contra o vírus. Aliados do governo reclamaram do colegiado ter se tornando a "CPI da cloroquina". "Não é possível que esta CPI atue para praticar o reducionismo de transformar essa tragédia mundial como um problema simplório que possa ser explicado pelo uso ou não de cloroquina, por exemplo. Isso é simplesmente ridículo! Não podemos transformar esta CPI em CPI da cloroquina. O problema é amplo e complexo e assim deve ser tratado", falou o senador Marcos Rogério (DEM-RO).
Já opositores pediram um posicionamento claro do ministério quanto ao uso do medicamento. Marcelo Queiroga manteve o discurso de que é favorável à autonomia do médico na prescrição dos medicamentos. Diferentemente de Teich, Queiroga alegou ter liberdade para decidir.