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Novo índice de preços da FGV promete medição mais precisa dos gastos familiares

Lançamento do IPGF redefine a avaliação da inflação com foco no consumo mensal das famílias brasileiras

Por Da Redação
Ás

Novo índice de preços da FGV promete medição mais precisa dos gastos familiares

Foto: Reprodução/Pixabay/ilustrativa

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) inova ao lançar o Índice de Preços dos Gastos Familiares (IPGF), um indicador que promete uma abordagem mais precisa na avaliação dos custos de vida das famílias brasileiras. O IPGF, que já iniciou suas divulgações este ano, está programado para se tornar uma parte essencial do calendário de divulgações oficiais da Fundação a partir de 2024.

Ao contrário de outros índices, o IPGF utiliza a estrutura de pesos do Sistema de Contas Nacionais (SCN) para compor sua cesta de preços. Essa metodologia se baseia em dados mensais sobre geração, distribuição e uso de renda no país, proporcionando uma tradução precisa do consumo familiar mês a mês. Em entrevista à CNN, Matheus Peçanha, economista e técnico de Pesquisa e Análise Macroeconômica da FGV, o indicador consegue avaliar o que as famílias consomem enquanto enfrentam os desafios da inflação.

Um exemplo prático desse enfoque é a variação do preço da gasolina, que mesmo em um mês de aumento, o consumo das famílias pode diminuir, dependendo das alternativas adotadas, como a opção por etanol ou transporte público. O IPGF busca medir não apenas o aumento de preços, mas também como essas mudanças impactam diretamente nas finanças domésticas.

Por outro lado, o indicador pode perder em abrangência, não conseguindo distinguir o consumo por estado ou nível de renda. Sua cesta de consumo é composta por 52 itens, menos da metade dos 374 itens que compõem a cesta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.

Ao analisar os resultados, o IPGF registrou uma deflação de 0,08% em setembro, acumulando um aumento de 2,22% no ano e 3,63% nos últimos 12 meses. Essa variação de preços se mostrou mais branda em comparação com o IPCA, considerado a inflação oficial do país, que apresentou um aumento de 0,26% em setembro e acumulou 3,50% no ano e 5,19% em 12 meses.

Essa discrepância é atribuída ao chamado "efeito substituição", que ocorre quando o consumidor adapta suas escolhas de consumo diante das variações de preço, influenciando a ponderação dos itens na cesta de consumo e, consequentemente, o cálculo da inflação. Matheus Peçanha explica que esse efeito pode gerar números de inflação mais moderados no longo prazo.

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