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Número de pessoas na miséria é maior que o registrado há uma década no Brasil, aponta levantamento

Situação se tornou mais complicada com o fim do auxilio emergencial

Por Da Redação
Ás

Número de pessoas na miséria é maior que o registrado há uma década no Brasil, aponta levantamento

Foto: Reprodução/Correio da Amazônia

Com o fim do auxílio emergencial, o mês de janeiro de 2021 apresentou um salto na taxa de pobreza extrema no Brasil. O país tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia e em relação ao começo da década passada, em 2011. No primeiro mês do ano, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), de acordo com o calculo da linha de pobreza extrema feito pela FGV Social.

No total, de acordo com a projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão nessa condição neste começo de ano (número maior que a população da Austrália). Trata-se de um aumento significativo na comparação com o segundo semestre de 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial a cerca de 55 milhões de brasileiros chegou a derrubar a pobreza extrema, em agosto, para 4,5% (9,4 milhões de pessoas), o menor nível da série histórica.

O efeito negativo da pandemia sobre a renda dos mais pobres já tenderia a ser prolongado levando-se em conta a recuperação difícil que o Brasil tem à frente com o aumento das mortes pela Covid-19 e o atraso no planejamento da vacinação. Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 6,6 trilhões (ambos recordes que levaram à deterioração no perfil de refinanciamento).

Porém, além do aumento da pobreza no presente, a pandemia deve impor perdas futuras de renda aos mais jovens, sobretudo os pobres, que acabaram perdendo boa parte do ano escolar de 2020. Em média, cada ano de ensino a mais chega a representar ganho de 15% no salário futuro; e 8% mais chance de conseguir um emprego. 

O aprofundamento das disparidades também se dará regionalmente. Na rica Santa Catarina, por exemplo, só 2% dos alunos de escolas públicas e privadas deixaram de receber material para atividades em casa na pandemia. No Pará, foram 42%. No geral, os jovens, os sem escolaridade, os nordestinos e os negros foram os que mais perderam renda do trabalho na pandemia.

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