Política
Em live, presidente Jair Bolsonaro afirma que "lamenta" eventual paralisação
FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil
Após a Petrobras anunciar nesta quinta-feira (10) mais um aumento — de 24,9% — no preço do diesel, o líder da greve dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, o Chorão, criticou as condições de trabalho para a categoria e afirmou que "o Brasil vai parar". As informações são do site Metrópoles.
“A promessa de governo do presidente Jair Bolsonaro até agora não se cumpriu. E isso não é uma pauta só dos caminhoneiros. Estamos juntos com o povo para fazer o melhor para o nosso país. O Brasil vai parar automaticamente, porque não se tem mais condições de rodar”, afirmou, em entrevista.
O reajuste acontece após 15 dias do conflito entre Ucrânia e Rússia, que desestabilizou o mercado de petróleo e causou um aumento fora da curva pela Petrobras.
“É uma situação que prejudica não só os caminhoneiros, como também toda a população. Tudo que chega nas prateleiras dos mercados vai por caminhão”, afirmou Chorão. “A Petrobras, neste momento, precisa dar lucro? Qual é o papel da Petrobras? É uma empresa estratégica, mas estamos vendo uma Petrobras atendendo o mercado, os acionistas.”, seguiu.
Além de Chorão, o diretor-presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Nestor Dias também criticou o Preço de Paridade de Importação (PPI) da estatal.
“A gente sabia que isso [alta do diesel] ia estourar. A revolta, a indignação, a insatisfação dos caminhoneiros está muito grande ao nível nacional. Nós temos agora que ficar do lado da categoria. Se tiver que parar o país, podem contar com a gente, porque faz parte da nossa pauta”, afirmou.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro comentou em transmissão ao vivo que "lamenta" a situação e que a greve dos caminhoneiros já é certa.
“O preço tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, disse.
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