O desafio do Ministério da Saúde

Confira nosso editorial deste sábado (16)

[O desafio do Ministério da Saúde]

FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde nesta sexta-feira (15) provocou um turbilhão de comentários, críticas, desesperos e especulações pelo Brasil e mundo afora. A segunda troca em menos de um mês da chefia da pasta, a principal na linha de frente no combate à covid-19, e isso no vórtex da pandemia, traz outro grande desafio ao governo – por consequência, à população: quais serão as orientações do ministério que pautarão a crise provocada pela doença?

É certo que o presidente Jair Bolsonaro e sua staff terão que ser cirúrgicos para a escolha do novo ministro ou, então, efetivar o interino – general Eduardo Pazuello. Ontem, o militar disse que volta ao comando da 12º Região Militar, no Amazonas, no entanto, desde 22 de abril já vinha atuando como secretário-executivo da Saúde, a pedido de Bolsonaro, para coordenar a transição entre a gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM). 

Uma eventual efetivação de Pazuello como novo ministro da Saúde nem de longe será uma tacada errada. O momento ao governo é de se resguardar das críticas vorazes, que aumentam e estão à espreita de cada tensão vinda do Planalto. Será, por certo, um nome alinhado ao presidente.

Foi, inclusive, elogiado por Teich. É uma pessoa que vem trazendo contribuição num momento em que a gente corre contra o tempo. Não contra o tempo em relação só à covid-19, mas em relação a como o país vai ficar, como o sistema de saúde vai ficar", afirmou em 22 de abril à imprensa.

Mas tudo, lógico, é especulação, nesta ânsia mútua de imprensa e população de que a situação seja logo resolvida, afinal, o governo não pode, jamais, perder de vista que o país e o globo terrestre enfrenta uma crise epidêmica com, até agora, mais incertezas do que soluções.

Quanto ao Teich, não há dúvida de que foi descente e íntegro em sua despedida. Saiu, por seus motivos, e vagou o cargo. As opiniões contrárias aos mandos do presidente, por suposto, devem ter impulsionado, mas isso cabe apenas às partes.


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