"O meu voto para presidente da República naquele ano foi para você, Ciro Gomes", diz ACM Neto sobre as eleições em 2002
Declaração foi feita em entrevista do presidente do DEM concedida ao próprio pedetista
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Em entrevista a Ciro Gomes na últma terça-feira (26), por meio de live, o presidente nacional do Democratas (DEM), ACM Neto, afirmou que votou no pedetista nas eleições de 2002, quando ele concorreu à Presidência.
"Eu me lembrava, Ciro, das eleições de 2002, que foi quando eu disputei a minha primeira eleição para deputado federal. Me elegi naquele ano para o meu primeiro mandato no Parlamento e o meu voto para presidente da República naquele ano foi para você. Foi para Ciro Gomes", disse. "Eu tive a alegria de fazer campanha naquele momento com muita convicção de que era a melhor alternativa para o Brasil", complementou o ex-prefeito de Salvador.
O pedetista Ciro Gomes também elogiou ACM, o colocando como uma das principais lideranças políticas do país, e exaltando a administração do democrata frente à prefeitura da capital baiana. "Salvador ficou ainda mais formosa, bela e habitável", afirmou Ciro Gomes.
Essa foi a primeira conversa pública dos dois após a fusão do DEM com o PSL em uma nova legenda, a União Brasil, ocorrida no início deste mês, e que já sinalizou que pretende dialogar com diversos partidos, como o próprio PDT de Ciro, o MDB e o PSDB, para se estabelecer como a terceira via para as eleições de 2022. A expectativa é que o partido seja oficializado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até fevereiro.
"Esse partido nasce com a possibilidade de ter uma candidatura própria à Presidência da República e, caso isso não aconteça, com o desejo de construir um projeto para 2022 que contribua com o fim dessa polarização", disse ACM Neto.
O ex-prefeito foi questionado sobre a possibilidade de um futuro apoio da União Brasil ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no pleito de 2022, e ACM acenou com uma negativa, descartando qualquer chance disso acontecer. "O União Brasil nasce muito distante de estar nas hostes ou debaixo das saias do governo [Bolsonaro]", afirmou. "Que a gente possa abrir esse debate, sair dos extremos, deixar o radicalismo de lado e olhar para o futuro", disse o ex-prefeito de Salvador.
