"O resto é barulho, barulho, barulho", afirma Paulo Guedes sobre empresa offshore

Ministro afirma ter se afastado do comando ao aceitar cargo no ministério

Por Da Redação
Ás

"O resto é barulho, barulho, barulho", afirma Paulo Guedes sobre empresa offshore

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a mencionar o caso da empresa offshore, nesta sexta-feira (08). Durante um evento virtual do Itaú, ele afirmou que tudo foi feito "legalmente" e que "o resto é barulho, barulho, barulho". 

Na ocasião, Guedes afirmou que se afastou do comando da empresa ao assumir cargo em ministério do governo Jair Bolsonaro e que a companhia, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal - local em que a tributação é menor e o sigilo a dados bancários, maior -, é legal e declarada. 

"Declarei tudo. É permitido, é legal, não fiz nada de errado. O dinheiro está sob gestores independentes e jurisdições sobre as quais não tenho influência", afirmou. Completando que "não teve movimentação de trazer dinheiro do exterior, levar dinheiro para o exterior desde que coloquei dinheiro lá".

Além disso, o ministro criticou o interesse no assunto e afirmou que deve piorar ainda mais durante as eleições presidenciais de 2022. 

"Saí da companhia dias antes de vir para cá. Dei todos os documentos ... o resto é só barulho, barulho, barulho. E acho que vai ficar pior à medida que nos aproximamos das eleições.", completou. 

Caso de offshore

Um projeto nomeado "Pandora Papers", do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, divulgou no último domingo (03), a existência de empresas localizadas nos paraísos fiscais no nome de Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

Nomeada de Dreadnoughts International, a empresa de Guedes existe desde 2014. De acordo com a matéria, o ministro depositou cerca de US$ 9,54 milhões (mais de R$ 51,8 milhões, na cotação atual) na conta da offshore, em uma agência do banco Crédit Suisse em Nova York, nos Estados Unidos. 

Para uma empresa no exterior ser legal, é preciso que ela seja declarada à Receita Federal e ao Banco Central, casos os ativos ultrapassem US$1 milhão. 

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