Editorial
Confira nossa crônica deste domingo
FOTO: Reprodução
Existe um paradoxo que modernidade alguma vai eliminar: o tempo e vento das grandes capitais ante das cidades do interior.
Cada espaço denotam dinâmicas ímpares, que o sujeito de uma não consegue assimilar da outra assim, de bate-pronto, ou em uma semana, independente de facilidades tecnológicas e amenidades. São mudanças bruscas, de rupturas emocionais, mesmo.
Do interior à capital, o sistema público e da iniciativa privada de transporte, as longas avenidas, as muitas opções para tudo, nada disso é o suficiente para suprir a saudade da calmaria e do tempo cronometrado para os compromissos.
Em cidades grandes, é praticamente impossível você dizer “chego em 10 minutos” - num virar de esquina com um engarrafamento caótico, pode se transformar em 30 minutos ou uma hora.
A regra é clara: ou entende-se e aceita a premissa do tempo acelerado - na maioria das vezes bagunçado - que é isso que torna a cidade grande imponente, ou a vontade será sempre a tempo compassado do interior.
E isso não é errado ou qualquer termo pejorativo que possam impetrar para sugerir a superioridade de quem vive na cidade grande perante o interiorano.
Afinal, o interior segura a nomenclatura exatamente por estar à margem ou longe dos grandes centros urbanos.
De terra natal ao refúgio da frenesi, cidades pequenas/médias se mantêm como tal para nos lembrar que o vento pode ser sentido em algum momento do dia, entre uma chegada em 10 minutos e de uma condução à outra. Daqui ou ali, o vento sempre sopra.
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