Além do dezembro vermelho, o último mês do ano também é envolto em outra campanha temática, na cor laranja – dedicada ao alerta de prevenção ao câncer de pele, inaugurada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Vale destacar que estas mobilizações sociais têm um propósito bastante relevante: pega um problema de saúde pública e transforma em ações preventivas para reduzir estatísticas de incidência e mortalidade. 

O Dezembro Laranja, assim como as demais cores temáticas de meses anteriores, amplifica uma doença que é frequente entre os brasileiros, afinal, trata-se de um país tropical que registra temperaturas altíssimas sob um sol escaldante praticamente de mês a mês, salvo, atualmente, poucos dias de frio e dias em que o astro não aparece.

Os números de câncer de pele no Brasil são alarmantes. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos da doença. Isso significa que 1 em cada 4 casos novos de câncer no Brasil, é de pele.

Expor números de óbitos devido a um câncer de pele não cuidado ou, pior, não diagnosticado por fata de exames preventivos, reforçam a magnitude desta campanha. Quase 90% dos casos existentes são de carcinomas, tumores de letalidade baixa, mas que provocam cerca de 1.900 óbitos a cada ano no Brasil. Menos comum, o câncer melanoma é o tipo mais agressivo e, por este motivo, causa mais de 1.700 óbitos anualmente. 

As recomendações parecem corriqueiras, mas nunca exageradas: evitar os horários de maior incidência solar (das 10 às 16 horas); utilizar chapéus de abas largas, óculos para sol com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo; procurar locais de sombra, bem como manter uma boa hidratação corporal. 

O uso diário de protetor solar com fator de proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a cada duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água, é outro informe importante.