Obstrução ao país

[Obstrução ao país]

FOTO: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro não poderia ser mais claro no comentário sobre a suposta promessa da oposição em obstruir, nesta terça-feira (11), a votação do pedido de crédito suplementar do governo, no valor de R$ 248,9 bilhões, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso. Atrasar esta medida, por mais dura e penosa que seja, inclusive ao Executivo, seria uma tacanha obstrução sistemática ao país, que ficaria sem recursos já no segundo semestre de 2019 para pagar beneficiários de diversos programas sociais.

“Para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres”, tuitou o presidente neste domingo (9), numa síntese pontual, certeira. Bem distinta da afirmação de Paulo Pimenta, líder do PT, que praticamente fala do projeto de lei (PLN) 4 como uma teoria da conspiração, numa translouca ideia de que se trata apenas de um blefe do governo. “O governo não quer aprovar o PLN 4. Se quisesse, no mínimo, procuraria as bancadas para dialogar. Apostam na estratégia do caos”. Mesmo?

São claros os movimentos de se quebrar a chamada regra de ouro para, assim, possibilitar ao governo cumprir suas obrigações com políticas sociais, aliás, tidas como despesas correntes, cujos gastos são indispensáveis e inadiáveis.

Quebrá-la, com o ‘sim’ do Congresso ao crédito suplementar, não é anticonstitucional, no entanto, neste momento delicado, se o cofre secar e sem os R$ 248,9 bilhões pedidos, o presidente corre o risco de ser acusado de crime de responsabilidade e, portanto, sujeito ao impeachment.

Eis que a tentativa de obstrução entra em campo, contra Bolsonaro e principalmente contra o Brasil. Bravejar, criticar e fazer estardalhaços contra cortes na Educação é algo bem distinto de legislar contra a manutenção de mecanismos importantes à economia nacional, como o Bolsa Família, pensão a idosos com deficiência e Plano Safra, por exemplo. O que a oposição quer, mesmo, é dar um “cheque branco” ao infortúnio.


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