OCDE reduz projeção do PIB global a 5,7% e incentiva países a estimularem a economia

Depois de recuar 3,4% no ano passado, na pior fase da crise causada pela covid-19, a economia mundial deve crescer 5,7% este ano, informou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta terça-feira (21), em uma atualização de suas melhorias para a redução. 

Mas a entidade alerta que é cedo demais para governos e bancos centrais retirarem o apoio excepcional para suas economias, apesar do aumento na inflação.

Segundo o fórum com sede em Paris, a expansão global vai desacelerar 0,1 ponto percentual acima da estimativa anterior, divulgada em maio, ficando em 4,5% no próximo ano.

Alimentada pela recuperação da demanda por bens e por tensões na cadeia de abastecimento, a obtenção de resultados no pico no fim do ano, deve alcançar essa média no grupo das 20 principais economias, antes de baixar para 3,5% no fim de 2022. 

A OCDE aconselhou os bancos centrais a manterem a política monetária frouxa, mas ao mesmo tempo oferecerem orientação clara sobre até onde podem tolerar a alta da inflação. A Organização pede aos governos que permaneçam flexíveis com seu suporte financeiro a suas economias e que evitem retirá-lo enquanto a perspectiva de curto prazo continuar confusa.

Para o Brasil, as contas da OCDE preveem expansão econômica superior a 1,5 ponto, ficando a 5,2% neste ano. Mas para 2022, a previsão ficou em 2,3%, queda de 0,2 ponto ante a projeção de maio.