Ômicron deve infectar mais da metade da Europa em até 8 semanas, alerta OMS
Na primeira semana de 2022, Velho Continente registrou mais de 7 milhões de casos de Covid-19

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O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente Europeu, Hans Kluge, afirmou nesta terça-feira (11) que mais da metade da população europeia deve ser infectada pela variante Ômicron do coronavírus nas próximas seis a oito semanas.
Na primeira semana deste ano, a Europa registrou mais de sete milhões de casos de Covid-19. Isso é mais que o dobro do notificado quinze dias antes, contou Kluge em uma coletiva de imprensa. “Neste ritmo, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde prevê que mais de 50% da população da região será infectada com a Ômicron nas próximas seis a oito semanas”, disse Kluge.
Apesar dos primeiros estudos sobre a nova cepa indicarem um risco menor de desenvolvimento para quadros graves e de hospitalizações da doença, em comparação com a variante Delta, as redes de saúde de países europeus, com destaque para o Reino Unido, a Espanha e a Itália, estão em circunstâncias cada vez mais desesperadoras.
O Reino Unido, ou Grã-Bretanha, colocou as maiores empresas privadas de saúde do país em alerta máximo na segunda-feira (10) para oferecer tratamentos essenciais. A medida é para que o sistema não entre em colapso caso haja ausência de funcionários e níveis insustentáveis de hospitalizações nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (NHS) na Inglaterra.
Na Espanha, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, declarou na segunda-feira (10) que pode ser hora de usar parâmetros diferentes para monitorar o aumento de casos de Covid-19. De acordo com o jornal espanhol El Pais, o governo está considerando métodos semelhantes aos usados para rastrear a gripe, sem testes tão amplos e registro de casos. O país tem apresentado um aumento de infectados entre enfermeiros e fisioterapeutas que trabalham na linha de frente, disse o sindicato espanhol de enfermagem SATSE em comunicado.
Já na Itália, o problema é agravado pelo alto número de profissionais de saúde afastados – mais de 12.800, segundo dados coletados na semana passada – e que estão suspensos. Em uma tentativa de última hora para preencher as lacunas no serviço, as agências de saúde italianas estão congelando ou adiando férias de funcionários e congelando ou adiando cirurgias programadas não classificadas como “urgentes”.