OMS: Chegada do inverno no Hemisfério Norte pode aumentar casos de infecção por Covid-19
'A segunda onda está chegando', alerta Mike Ryan
Foto: Fabrice Coffrini/AFP
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, se mostrou preocupado nesta segunda-feira (19), durante uma coletiva de imprensa, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, em especial na Europa e nos Estados Unidos. Segundo ele, os casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, podem acelerar.
O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, também lembrou da Ásia, onde alguns países têm registrado aumento dos casos e afirmou que o mundo está entrando em uma segunda onda da pandemia. "A segunda onda está chegando", afirmou Ryan. "Quando vemos a Ásia, vemos que países que foram pouco afetados na primeira onda estão sendo mais afetados agora", alertou o diretor de emergências da OMS.
Já a líder técnica, Maria van Kerkhove, afirmou que "não há uma a segunda onda inevitável", mas lembrou que, neste momento da pandemia, os países e os sistemas de saúde já sabem o que fazer e como achatar a curva de transmissão nas comunidades. A OMS reforçou ainda que os sistemas de saúde testem todos os casos suspeitos, rastreiem os contatos e isolem por 14 dias os infectados.
De acordo com o último levantamento realizado pela universidade norte-americana Johns Hopkins, o mundo alcançou a marca de 40 milhões de casos confirmados da Covid-19. O número de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia em todo o planeta passa de 1,1 milhão.
Covax
Ainda durante a coletiva desta segunda-feira (19), a OMS informou que 184 países aderiram à aliança internacional Covax, uma iniciativa liderada pela entidade que irá garantir a compra equitativa da futura vacina contra a Covid-19. Os últimos países a aderirem, segundo Tedros, foram Uruguai e Equador.
A entidade voltou a afirmar que espera que as vacinas adquiridas pela Covax cheguem aos idosos e demais grupos de risco até o início de 2021. No último dia (7), o governo brasileiro anunciou que prevê adquirir pela aliança 42 milhões de doses de vacina contra a Covid-19.
