Vacina chinesa contra Covid-19 é a mais segura, diz Dimas Covas

Diretor do Instituto Butantan afirma que eficácia deve ser comprovada até o final do ano

Por Da Redação
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Vacina chinesa contra Covid-19 é a mais segura, diz Dimas Covas

Foto: Divulgação/Governo de SP

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta segunda-feira (19), em entrevista à GloboNews, que a Coronavac é a vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, mais segura até o momento. Além disso, ele disse que a eficácia do imunizante deve ser comprovada até dezembro. "É uma vacina muito segura, isso já é esperado pela própria tecnologia envolvida nessa vacina. Na realidade, neste momento, é a vacina que tem o perfil de segurança melhor entre todas as vacinas que estão sendo testadas", disse Covas.

A vacina é desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. Na manhã desta segunda (19), o governo de São Paulo divulgou, em coletiva de imprensa, os resultados da segurança da vacina com base nos testes clínicos feitos em 9 mil voluntários no Brasil.

Ainda de acordo com Covas, os dados são semelhantes ao apresentado por estudos realizados na China, no qual 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste não apresentaram efeito adverso. "As manifestações clínicas adversas são muito leves, não tivemos nenhuma manifestação clínica que tenha exigido uma atenção médica maior. Então, é um perfil de segurança muito apropriado. Nós aguardamos o fim dessa fase de estudos, obviamente que é um estudo clínico que ainda demanda outras fases, principalmente a fase de eficácia, e que nós aguardamos aí até o fim do ano que possa ocorrer a demonstração da eficácia para que a nossa Anvisa possa registrar a nossa vacina", disse diretor.

Acordo 

O governador de São Paulo, João Doria, assinou um acordo, durante coletiva de imprensa no final de setembro, para a compra de 46 milhões de doses. No mesmo evento, o governador anunciou que a vacinação de profissionais de saúde deve ter início em 15 de dezembro.

A vacina Coronavac, que está em fase de testes, já usou nove mil voluntários para realizar a pesquisa. Segundo o diretor do Instituto Butantan, a meta é envolver 13 mil pessoas na pesquisa. “Nós estamos caminhando aqui no Brasil muito rapidamente nesse estudo clínico. Nós já concluímos aí quase já 12 mil vacinações [feitas em nove mil voluntários] e as manifestações clínicas adversas são muito leves, não tivemos nenhuma manifestação clínica que tenha exigido uma atenção médica maior. Então é um perfil de segurança muito apropriado", disse.

Covas disse ainda nesta segunda (19), que a vacina começa a ser produzida no Brasil este mês e até o final do ano o Instituto terá as 46 milhões de doses prontas. “Aí aguardaremos o processo de registro da vacina”.

Segundo o governo, o contrato assinado tem o valor de 90 milhões de dólares e prevê que até dezembro a farmacêutica envie seis milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão envasadas em São Paulo. Porém, o governo paulista não esclarece se esse valor é relativo apenas à compra das 46 milhões de doses que devem chegar em 2020, ou se também inclui doses que devem ser entregues apenas em 2021. 
 

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