Oposição critica Bruno Reis e cogita acionar MP para barrar concessão da Praça Thomé de Souza
Processo preparado pela gestão municipal deve custar cerca de R$ 223 milhões

Foto: Reginaldo Ipê/CMS
A líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), Aladilce Souza (PCdoB), criticou nesta quarta-feira (17) a intenção do prefeito Bruno Reis (União Brasil) de conceder à iniciativa privada a Praça Thomé de Souza, considerada a primeira do Brasil.
Para a parlamentar, a medida, somada a outras tentativas de privatizar áreas verdes da capital, revela que o gestor municipal “não tem capacidade de fazer a gestão pública da cidade”.
“[Bruno Reis] quer entregar nosso patrimônio histórico num processo sem transparência, sem debate. Se o prefeito não tem capacidade de fazer a gestão pública da cidade, pede pra sair, desiste da vida política”, afirmou.
Aladilce disse ainda que a oposição pode acionar o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para barrar a concessão e defendeu que o patrimônio histórico continue sendo público.
Entenda
A Prefeitura de Salvador estuda um projeto de concessão que deve movimentar cerca de R$ 223 milhões, com validade de 30 anos.
O plano prevê a modernização da Praça Thomé de Souza, incluindo a operação do Elevador Lacerda, dos planos inclinados do entorno e de um novo centro de convenções a ser construído no subsolo do prédio que abriga a prefeitura.
Após a repercussão negativa, a prefeitura garantiu que não pretende privatizar o Elevador Lacerda, embora ele esteja listado no escopo inicial da proposta.