Órgãos federais têm mais de 50% dos servidores acima de 60 anos
Por serem do grupo de risco, governo tem encontrado dificuldade para retomar trabalho presencial

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Com a pandemia de Covid-19, segundo a ciência, pessoas com idade acima de 60 anos apresenta riscos maiores para a doença. Isso tem dificultado o processo de retomada do trabalho presencial do governo federal, já que quase metade (47,8%) dos servidores federais está nessa faixa etária.
Em 27 órgãos federais, o grupo representa mais da metade da força de trabalho. Os números são do Ministério da Economia e estão disponíveis no Painel Estatístico de Pessoal (PEP). As informações foram analisadas pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.
Dos órgãos, o Departamento Nacional De Obras Contra As Secas (Dnocs) é o local com a maior porcentagem de servidores com mais de 60 anos. São 8,3 mil pessoas no grupo, de um quadro total de 10 mil funcionário, o que representa quase 83% do total.
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) também registra o número elevado de funcionários acima dos 60 anos, com 72,9% e, em seguida, o Comando do Exército, com 72,1%.
Ao Metrópoles, o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sergio Ronaldo, apontou que a idade dos servidores é o maior impedidito do retorno aos trabalhos presenciais e que a probabilidade é que esse modalidade só sejam retomada após a aprovação de uma vacina.
“Achamos muito complexo essas pessoas estarem se deslocando todo dia, muitas em transporte público, se contaminarem e levarem o vírus para sua família. Além disso, é muito complexo [retornar] sem a vacina e sem o governo dar a condição necessária”, explicou.