O desemprego e a recuperação econômica do Brasil ainda em ritmo lento são implacáveis ao jovem que, salvo raras exceções, precisam de muita orientação e tempo para pensar no futuro e no trabalho que gostaria, quando possível, de exercer.

Hoje, o país tem quase 50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, e investir na educação profissionalizante das próximas gerações de mão de obra especializada brasileira, nos mais distintos setores, é uma urgência aos estados e municípios.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), existem atualmente no Brasil 11 milhões de jovens que não estão no mercado de trabalho e não estão estudando. É um grupo que, por certo, precisa de forças exteriores para ajudá-los a desenhar um projeto de vida e, nesta dinâmica, fazer com que outras perspectivas e sonhos floresçam, se tornem realidade.

O desafio, seja ao poder público como à sociedade civil e organizada, é aproximar os jovens de um vínculo imediato com o mercado de trabalho a partir de habilidades individuais. Ajudá-los a descobrirem como ser útil é um interessante ponto de partida para tentar contornar a crise do emprego. Desenvolver cursos de capacitação de curta duração e acessíveis a jovens com um pouco mais de conteúdo e direcionamento, do que os bastantes rasos geralmente oferecidos é uma ideia.

No ano passado, o Banco Mundial apresentou o relatório “Competências e Empregos — Uma Agenda Para a Juventude”, destinado aos então pré-candidatos a deputado, senador, governador e presidente; uma cartilha de ideias que poderiam ajudar o Brasil a avançar neste assunto. A mensagem, explícita ou nas entrelinhas, é de que as políticas públicas devem aplacar os jovens e eles precisam encarar a seriedade do assunto. A instituição financeira nunca mais se pronunciou sobre o relatório, tão pouco os políticos eleitos. A hora é crucial para reler o material e tentar trazer algo à realidade.