Otto Alencar defende eficácia da Sputnik V na reunião desta quarta-feira (5) da CPI da Covid-19

Senador é médico por formação e fez a defesa da imunização como controle da pandemia

[Otto Alencar defende eficácia da Sputnik V na reunião desta quarta-feira (5) da CPI da Covid-19]

O senador Otto Alencar (PSD-BA) defendeu a eficácia da vacina russa Sputnik V na reunião desta quarta-feira (5) da CPI da Covid-19 no Senado Federal. Otto Alencar é médico por formação e fez a defesa da imunização como controle da pandemia e atacou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada em pacientes infectados pelo novo coronavírus. O senador baiano explicou que entre 5 a 8% dos que contraem o vírus desenvolvem a forma grave da doença e que os percentuais utilizados para dizer do "sucesso" de medicamentos são falaciosos.

"90 a 95% dos pacientes basta tomar água que não desenvolve a forma grave. Então se dá hidroxicloroquina e diz que foi ela que curou, mas não foi, porque o doente se curou sozinho. E se acontecer a forma grave, a pessoa pode tomar uma carreta de hidroxicloroquina que não fica bom", explicou.

Para finalizar, Otto falou que não existe virose que possa ser evitada com tratamento precoce. "As doenças viróticas são evitadas com vacinação" disse e exemplificou com sarampo, varíola, H1N1 e paralisia infantil.

Otto respondeu a provocações do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que defendeu o "tratamento preventivo" contra a infecção pela Covid-19, em especial com o uso da cloroquina. "Eu sou um técnico, sou um agrônomo e estou estudando estas questões", disse o senador gaúcho que afirmou ter usado o "coquetel", recebendo diversas críticas por estar "prescrevendo" remédio na reunião.

"O que não dá pra uma pessoa que nunca passou nem perto de uma faculdade de medicina querer saber mais do que um médico", falou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

A discussão aconteceu durante o testemunho do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, que também se colocou contrariamente contra o uso do medicamento. Teich disse que considera um erro o Brasil ter investido recursos públicos na cloroquina, já que o medicamento não tem comprovação científica contra o vírus.


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