Pacheco defende que Auxílio Brasil seja inserido em teto de gastos
Senador defende que programa seja concebido dentro da "responsabilidade fiscal"

Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal
Em entrevista no Senado Federal, nesta quinta-feira (21), o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu que a criação do programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, deve ter uma "equação capaz de fazer e inserir dentro do teto de gastos públicos".
"É evidente que nós defendemos que esse programa social seja concebido, aprimorado, incrementado o seu valor dentro daquilo que todos nós pregamos sempre, que é a responsabilidade fiscal. Ou seja, a importância de encontramos a matemática, a equação capaz de fazer e inserir dentro do teto de gastos públicos esse programa social", afirmou o presidente do Senado.
A previsão é de que uma parte do Auxílio, cerca de R$100, fique de fora do teto de gastos, que limita o aumento de gastos dos três Poderes à inflação do ano anterior. Os outros R$300 é o equivalente ao Bolsa Família, previsto dentro do Orçamento 2021.
Na última quarta-feira (19), quando foi anunciado o projeto, o índice de mercado Ibovespa caiu para a faixa dos 110 mil pontos devido ao risco fiscal apresentado. No entanto, o vice-presidente Hamilton Mourão afirma que o Executivo não pode ser "escravo" do mercado financeiro e defendeu a "transparência de gastos".
"A gente também não pode ser escravo do mercado, né? Não podemos ser escravos do mercado. [...] A questão social é uma responsabilidade do governo, e não do mercado, apesar de algumas doutrinas dizerem que o mercado resolve tudo, mas não é bem assim que ocorre", afirmou.
"Acho que se houver, vamos dizer assim, uma transparência total na forma como o gasto vai ser executado e de onde vai vir o recurso, acho que o mercado não vai ficar agitado por causa disso.", concluiu.