Pacote de socorro à empresas elétricas e aéreas deve sair nesta semana
Recursos variam entre R$ 4 bilhões e R$ 13 bilhões

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Os pacotes de socorro às distribuidoras de energia elétrica e às companhias aéreas, sugeridos por um consórcio de bancos coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que trabalha para apoiar os setores mais afetados pela pandemia de Covid-19, devem ser concluídos nesta semana.
Os recursos devem ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, para o setor elétricos, e de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões, para o setor aéreo.
Segundo uma fonte do setor financeiro, o BNDES deve ficar com 60% e as instituições privadas, com 10%. Outra fonte informou que o objetivo do banco de fomento é atrair outros investidores para além de 30% das ofertas, permitindo uma redução na sua participação.
“Ainda está em debate com outros bancos para definir exatamente a participação das instituições financeiras”, diz o vice-presidente de um grande banco, na condição de anonimato, ao Estadão.
As condições estabelecidas para as companhias aéreas apoiadas farão emissões de títulos de dívida, tanto debêntures tradicionais quanto bônus conversíveis em ações. A ideia é que o BNDES e os bancos privados garantam a compra de até 70% dos títulos das ofertas, e os 30% restantes fiquem com investidores privados.
Já no caso das elétricas, o modelo a ser adotado é o do financiamento sindicalizado feito em 2015, também com o BNDES na coordenação. Os empréstimos seriam garantidos de forma embutida na conta de luz, por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo federal ainda quer dividir o que seria pago pelas distribuidoras e o que seria repassado aos consumidores.


