O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt, afirmou ao G1 que as instituições financeiras podem reter transferências e pagamentos feitos por meio do Pix por até uma hora em caso de suspeita de fraude. Programado para começar a funcionar em novembro, o Pix foi criado pelo Banco Central com a finalidade de permitir transações praticamente instantâneas. 

A expectativa é que a maior parte seja concluída em menos de dez segundos. No total, 935 instituições financeiras estão em processo de adesão ao Pix, informou o BC. Brandt afirmou que o Banco Central está revendo uma regra sobre restituição de valores transferidos por engano via Pix. Com isso, se houver comprovação de fraude, será possível fazer reembolso sem autorização da pessoa que recebeu o depósito, informou.

A velocidade e a praticidade suscitaram dúvidas sobre os riscos de fraudes envolvendo o Pix. De acordo com Carlos Eduardo Brandt, as instituições terão a responsabilidade de garantir a segurança das transações, podendo usar recursos como senhas, biometria ou reconhecimento facial.

O diretor disse ainda que o Banco Central deve estabelecer um limite para a ocorrência de irregularidades envolvendo o Pix, e os bancos que apresentarem índice de irregularidades elevado podem correr o risco de ser multadas ou ter suspensa (ou mesmo cassada) a autorização para oferecer o serviço.