UE planeja medidas para dificultar acordos com o Brasil por causa dos incêndios

Países do bloco da União Europeia (UE) manifestaram nesta sexta-feira (23) imposições contra o Brasil devido aos incêndios que vêm ocorrendo na Floresta Amazônica nos últimos dias. Os governos da França, Irlanda e Finlândia criam imposições politicas e econômicas com o objetivo de incentivar o combate aos incêndios na floresta.

Cancelamento do acordo Mercosul-UE

O governo francês declarou que o presidente Jair Bolsonaro "mentiu ao assumir compromissos em defesa do meio ambiente". Bolsonaro se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, na última cúpula do G20, que ocorreu no final de junho deste ano.

A declaração de Macron, nesta quinta-feira (22), sobre discutir os incêndios da Amazônia na próxima reunião do G7, deixou o presidente Bolsonaro aborrecido. Ele acusou a posição de Macron como ‘colonialistas’.

No anúncio, o governo francês, que recebeu apoio do governo irlandês, afirmou que irá bloquear a implantação do pacto Mercosul-UE caso o governo brasileiro não atue no combate aos incêndios na Amazônia.

O primeiro ministro da Irlanda, Leo Varadkar, afirmou que "de maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre comércio UE-Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais".

Importação de carne

O Ministério das Finanças da Finlândia afirmou hoje, em comunicado, que pretende encontrar uma maneira de fazer com que a UE pare de importar carne provenientes do Brasil. A Finlândia atualmente possui a presidência rotativa da União Europeia.

"O ministro de Finanças, Mika Lintila, condena a destruição da floresta amazônica e sugere que a UE e a Finlândia devam urgentemente rever a possibilidade de banir as importações de carne bovina brasileira", afirmou o país em comunicado.

Nesta sexta-feira, várias capitais da Europa, como: Londres, Berlin e Madri, protestaram contra os incêndios na Floresta sul-americana.