Papa Francisco pede respeito aos povos indígenas da Amazônia
Segundo o papa, eles querem ser protagonistas de sua própria história

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Nesta segunda-feira (7), o Para Francisco afirmou que a sociedade moderna não deve tentar impor suas regras aos povos indígenas, mas sim respeitar sua cultura e permitir que eles planejem seu próprio futuro. Além disso, ele pediu perdão em nome da Igreja pelos erros dos missionários europeus que acompanharam os primeiros colonizadores.
Ainda nesta ocasião, o Papa Francisco disse que por um longo tempo muitos na Igreja tiveram uma atitude "depreciativa" em relação aos povos nativos e suas culturas, e que a missão do Sínodo sobre a Amazônia é servir aos povos indígenas. E atear fogo por interesse que destroem a Amazônia, como tem ocorrido, não condiz com o Evangelho.
De acordo com o Papa, os povos indígenas querem ser protagonistas de sua própria história, e possuem uma sabedoria própria e consciência de si.
Bispos, padres e freiras, além de estudiosos e pessoas ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU) e membros dos escritórios do Vaticano (a Cúria Romana) participam dessa reunião. Como a maior parte da floresta está no Brasil, o sínodo terá muitos participantes brasileiros, como o cardeal Dom Cláudio Hummes.
Entre os pontos a serem debatidos estão:
A complexa situação das comunidades indígenas e ribeirinhas, em especial os povos isolados;
A exploração internacional dos recursos naturais da Amazônia;
A violência, o narcotráfico e a exploração sexual dos povos locais;
O extrativismo ilegal e/ou insustentável;
O desmatamento, o acesso à água limpa e ameaças à biodiversidade;
O aquecimento global e possíveis danos irreversíveis na Amazônia;
A conivência de governos com projetos econômicos que prejudicam o meio ambiente.