Para Eduardo Girão, aumentar Fundo Eleitoral na pandemia é "desrespeito"

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que integra a CPI da Pandemia, disse nesta terça-feira (3), durante conversa com a imprensa no Congresso Federal, que o aumento do fundo eleitoral durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é um “desrespeito”.

“A minha opinião é clara e objetiva. Na votação da LDO, eu votei contra. Isso tudo é um desrespeito, um tapa na cara da sociedade. Você vê aí a questão do fundo eleitoral ser triplicada nesse período. Eu acredito que a gente tem que caminhar para acabar com esse fundo, não pode ser do dia para a noite porque tem que ver qual é o mecanismo democrático para as pessoas que têm menos condições de participar. Isso é algo que a gente precisa pensar bem”, disse.

“Eu acho que, no mínimo, era para ter congelado o valor que tinha. Na época não tinha pandemia. Então, é realmente uma jogada politiqueira de políticos que não estão preocupados com a fome, por exemplo, e só ligam para os seus partidos. Esse é o maior problema do país”, completou.

Na ocasião, o senador disse que a melhor opção seria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar a proposta. “O presidente tem o dever moral de vetar esse dispositivo. A votação do fundão foi vergonhosa. A reação da sociedade foi imediata”, afirmou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou, na segunda-feira (2), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovado no último dia 15, para sanção presidencial. Com isso, Bolsonaro terá até dia 23 de agosto para sancionar ou vetar o aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões em 2022.  Nos últimos dias, o presidente anunciou veto ao aumento do fundo eleitoral. Ele admitiu, porém, uma despesa de R$ 4 bilhões para irrigar as campanhas eleitorais no ano que vem, o dobro do gasto em 2020.