Parlamento da Europa aprova resolução que coloca comunismo e nazismo em pé de igualdade
A resolução “Importance of European remembrance for the future of Europe” contou com 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções

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O Parlamento da Europa aprovou a resolução que coloca comunismo e nazismo em pé de igualdade. A decisão ocorreu no último dia 19 de setembro, e tem como objetivo igualar os dois extremos por terem cometido “genocídios e deportações e foram a causa da perda de vidas humanas e liberdade em uma escala até agora nunca vista na história da humanidade”.
A resolução “Importance of European remembrance for the future of Europe” contou com 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções. Apesar do significado histórico, esta resolução passou despercebida pela maioria, mesmo sendo tema de debate recorrente entre os historiadores desde a queda da União Soviética há três décadas.
O debate alcançou ascensão em 1997, com a publicação do “Livro Negro do Comunismo” que foi escrito por um grupo de historiadores sob a direção do investigador francês Stéphane Courtois, que se esforçaram por fazer um balanço preciso e documentado das verdadeiras perdas humanas do comunismo. Os resultados foram esmagadores: cem milhões de mortos, quatro vezes mais do que o valor atribuído por esses mesmos historiadores ao regime de Hitler: o genocídio terá feito cerca de 6 milhões de vítimas.
Existem algumas particularidades entre os dois regimes: o Gulag soviético foi usado para punir e eliminar dissidentes políticos, com o objetivo de transformar as estruturas socioeconômicas do país e promover a coletivização e a industrialização. Os nazis, por seu lado, usavam os campos de concentração principalmente para extermínio de vários grupos étnicos, políticos e sociais.
O nazismo foi o responsável pelo genocídio de judeus, ciganos, homossexuais e comunistas.