Parque das Dunas, em Salvador, é citado pela revista Forbes como destino turístico no pós-pandemia

Essa visibilidade é um reconhecimento para todo o trabalho que desenvolvemos aqui, disse fundador do parque

[Parque das Dunas, em Salvador, é citado pela revista Forbes como destino turístico no pós-pandemia ]

FOTO: Amanda Oliveira

A revista Forbes publicou na quinta-feira (21), um artigo sobre o bairro de Itapuã, em Salvador, dando dicas de lugares para conhecer após a vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O Parque das Dunas, maior parque urbano de dunas, lagoas e restingas do Brasil, foi citado pela revista como um dos principais atrativos. Na última quarta-feira (20), a revista já havia listado outros locais em Salvador, com destaque para o bairro do Rio Vermelho, como destino turístico.

“O Parque das Dunas é um ecossistema de dunas de areia branca e arbustivo de 1.500 hectares, chamado restinga, que foi totalmente protegido há uma dezena de anos e fica a cerca de dez minutos do Hotel Deville. Guiados por caminhos interpretativos por biólogos, os visitantes podem descobrir a vida nas dunas e na lagoa, desde cobras e vários outros répteis até corujas e mais pássaros, bem como plantas diminutas. O parque também possui um centro de visitantes com biblioteca e café”, diz trecho do artigo. 

Com seis milhões de metros quadrados entre Itapuã e Praia do Flamengo, o Parque das Dunas, fundado em 1994, abriga um complexo de 12 lagoas, coberto por vegetação de Mata Atlântica intacta. Além disso, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a reserva é considerada um novo posto avançado de reserva da biosfera da Mata Atlântica pelo trabalho de proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e conhecimento científico.

Em entrevista ao Farol da Bahia, Jorge Santana, fundador do parque, frisou a importância da visibilidade internacional do Parque. “Toda a divulgação do nosso Parque é muito importante, foi assim que conseguimos consolidar esse projeto, sobretudo quando a matéria se dá numa renomada revista conhecida mundialmente. Essa visibilidade é sem dúvida um reconhecimento para todo o trabalho que desenvolvemos aqui e reforça o nosso lema "conhecer para conservar", disse. 

“Somos reconhecidos como um Posto Avançado da biosfera da Mata Atlântica /UNESCO, temos também o reconhecimento da WWF Brasil e neste ano de 2021 fomos filiados ao roteiro biosférico da UNESCO e agora somos um dos 721 postos avançados no mundo presente em 131 países com um reconhecido trabalho de preservação ambiental, educação, pesquisa e sustentabilidade”, completou.

O Parque é um laboratório vivo, onde podem ser feitas trilhas ecológicas. Lá são encontradas flores raras como, por exemplo, as orquídeas palhaço e uma grande diversidade de animais. De acordo com especialistas, o parque ajuda na a manutenção da qualidade de vida na cidade, uma vez que funciona como barreira térmica, absorvendo o sal e limpando o ar que segue em direção ao centro da cidade.

Covid-19

Devido a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Parque das Dunas ficou com as atividades suspensas por alguns meses e, segundo Jorge, somente “as atividades essenciais, como pesquisas, por exemplo” ficaram funcionando. Somente após  aval dos órgãos competentes, as visitações foram liberadas.

“Após a divulgação do primeiro caso de covid em solo brasileiro, antes mesmo da recomendação dos órgãos competentes, nós do Parque suspendemos a visitação ecoturística de imediato. Mantivemos apenas as atividades essenciais, como pesquisas, por exemplo.  Liberamos alguns colaboradores para o trabalho em home office. Modificamos a escala de trabalho dos trabalhos essenciais para um regime de rotatividade visando reduzir o número de funcionários na nossa sede”, contou.

“Quando os órgãos competentes liberaram a volta das visitações, adotamos medidas como recrutar novos guias para as nossas trilhas. A visitação começou a ser feita exclusivamente por agendamento, a fim de controlar o fluxo de visitantes. Diminuímos a quantidade de participantes na trilha para não haver aglomeração”, completou.

Além disso, Jorge disse, também em entrevista, que atualmente o Parque está funcionando com redução de visitantes e funcionários, “mas funcionando bem, atendendo às demandas, com a máxima segurança possível. Sempre respeitando os protocolos recomendados de segurança e biossegurança, como uso de máscara, distanciamento adequado e álcool em gel”. 

Pós-pandemia

Ainda de acordo com Jorge, uma das principais expectativas para o pós-pandemia é retomar o trabalho desenvolvido junto a escolas, faculdades e universidades. Segundo ele,  essas atividades abrangem também outros estados, consolidando “nosso Parque como espaço aberto à comunidade''.

Além disso, outra expectativa é “dar continuidade aos trabalhos de educação ambiental com as trilhas interpretativas, fortalecendo o ecoturismo local, nacional e internacional, agregando um viés pouco explorado no turismo de Salvador, como por exemplo o teleférico que cruzará o parque de ponta a ponta, o nosso cenário, a instalação de um restaurante-escola na sede, entre outros”, concluiu. 

O Farol da Bahia apurou que, na gestão do prefeito ACMNeto, infelizmente, o Parque das Dunas não recebeu nenhum apoio, sobreviveu em razão da ajuda de empresários e corre o risco de não conseguir se manter.


 


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