Paulo Guedes afirma que reajuste para professores 'não faz sentido'
Segundo o ministro, a categoria está "em casa, fazendo aula à distância"
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que reajuste do salário dos professores não faz sentido. Segundo ele, o país precisa controlar o orçamento devido à crise sanitárias agravada pelo surgimento da variante Ômicron.
"Se nós estávamos em home office, nós do funcionalismo, fazendo live, fazendo o distanciamento social necessário do ponto de vista de não forçarmos o sistema hospitalar [...]. Se nós estávamos numa situação dessa, não faria o menor sentido os professores, em casa, fazendo aula à distância quando podiam, os alunos também em distanciamento, qual o sentido de pedir reajuste de salário?", questionou.
Na ocasião, o ministro também relacionou o menor déficit nos gastos do governo central desde 2014, à contenção de gastos com salários.
"Mesmo agora, quando temos essa crise ainda conosco nessa variante ômicron (...) Temos que ter cuidado com os salários, porque ainda estamos em guerra e temos que pagar pela nossa guerra, em vez de empurrar os custos para as futuras gerações", seguiu.
Anteriormente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou um aumento de 33,24% no piso salarial de professores da educação básica. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM) à Folha de S. Paulo, o reajuste deve custar R$ 30 bilhões aos cofres municipais.
Além disso, os especialistas avaliam que cidades pequenas podem sofrer grande pressão e acabar achatando a carreira, tornando a remuneração muito próxima do piso salarial. No entanto, outros acreditam que o reajuste é necessário e cabe no orçamento.