PEC da Blindagem: Motta é acusado de acelerar votação da proposta sem diálogo com senadores e Alcolumbre defende 'tramitação normal' na CCJ

Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmaram na quarta-feira (17), que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), agiu por conta própria e colocou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem em votação sem dialogar com os senadores.

Conforme divulgado pela TV Globo, Motta só buscou dialogar com Alcolumbre depois da meia-noite, mais de três horas após o texto principal da proposta ter sido aprovado no plenário da Câmara, na terça-feira (16).

Com o recebimento do texto no Senado, ainda na quarta-feira, Alcolumbre o encaminhou para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e declarou que a proposta terá uma "tramitação normal" e "dentro do regimento", ao contrário do proposto por Motta na Câmara, onde avançou de forma exagerada.

Já na CCJ, o texto será analisado para possível aprovação na comissão, no entanto, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que preside a comissão, já se manifestou contrário a PEC da Blindagem. Nesta nova etapa, a PEC não terá prioridade e deve enfrentar um longo caminho até a votação.

A proposta ainda apresenta demais desafios para a aprovação. Senadores que antes defendiam a PEC, como integrantes do PL, afirmam que não é mais possível adotar a mesma postura. O voto secreto é uma das condições que tornam inviável o apoio dos senadores.

O eleitorado categorizou a medida como excessiva e de difícil defesa, e inclusive, senadores mais radicais da oposição como Eduardo Girão (Novo-CE) e Jorge Seif (PL-SC), reconheceram "exageros" no texto aprovado pelos deputados.

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