Pecuaristas dos EUA pressionam governo por veto à carne bovina brasileira
Ação ocorre após embargo da China ao produto, que já dura dois meses

Foto: Getty Images
Após o embargo imposto pela China à carne bovina do Brasil, que já dura mais de dois meses, pecuaristas americanos estão pressionando o governo a suspender as importações de carne in natura brasileira para os Estados Unidos. No momento, a alegação é a identificação de dois casos do mal da vaca louca no país. Entretanto, os casos são isolados e, segundo especialistas, resultantes de uma mutação genética.
Mesmo após o ocorrido, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o status do Brasil de país “com risco insignificante” para a doença. Em carta enviada ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a National Cattlemen's Beef Association (NCBA), associação que reúne os criadores de gado nos EUA, alega que o Brasil demorou mais de oito semanas para comunicar a OIE e que a exigência da organização seria de 24 horas.
A NCBA pede que a compra da carne brasileira seja paralisada até que se conduza uma avaliação de risco completa e uma revisão dos processos que o Ministério da Agricultura do Brasil usa para detectar doenças e outras ameaças aos consumidores.
A carta, enviada ao governo dos EUA na semana passada, também solicita que o órgão governamental americano revise o sistema de laboratórios de diagnóstico veterinário do Brasil. "É hora de manter a carne in natura brasileira fora deste país até que o USDA possa confirmar que o Brasil atende aos mesmos padrões de consumo e segurança alimentar que aplicamos a todos os nossos parceiros comerciais", disse o vice-presidente de assuntos governamentais da NCBA, Ethan Lane.