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Pela primeira vez, três diplomatas negros brasileiros ocupam postos na embaixada brasileira em Washington

Eles entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa (PAA) coordenado pelo Instituto Rio Branco

Por Da Redação
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Pela primeira vez, três diplomatas negros brasileiros ocupam postos na embaixada brasileira em Washington

Foto: Reprodução

Três diplomatas negros protagonizam um feito histórico em uma das capitais mais estratégicas para o Itamaraty, a dos Estados Unidos. Pela primeira vez, pessoas negras - minoria na carreira diplomática - servem na embaixada brasileira e na missão do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington. 

Marise Ribeiro Nogueira (56), Jackson Luiz Lima Oliveira a(51) e Ernesto Batista Mané Júnior (38), entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa (PAA), coordenado pelo Instituto Rio Branco. Criado em 2002, o PAA foi o primeiro programa de inclusão racial da Esplanada dos Ministérios, fruto de compromissos assinados pelo Brasil durante a III Conferência Mundial contra o Racismo, em Durban, na África do Sul, em 2001. 

Por meio de concurso público, o PAA paga, a candidatas/os negras/os, uma bolsa anual de R$ 30 mil para pagar as  despesas com a preparação para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). 

Como o Itamaraty não solicita a declaração de etnia àqueles que ingressam na carreira diplomática, não há um total oficial de negros diplomatas - indicadas que seriam apenas 5% de um total de 1.537 na ativa. No entanto, a identificação por etnia dos alunos do Instituto Rio Branco passou a existir a partir do PAA e também entre os admitidos com base na lei de 2004 que criou a reserva de 20% das vagas nos concursos públicos para candidatas/os negras/os.

De 2002 a 2014, cerca de 20 candidatos negros foram beneficiados com a bolsa e ingressaram no Instituto, e 32 candidatos se beneficiaram entre os anos de 2014 a 200. Destes, 27 foram em vagas reservadas na lei de cotas e cinco nas vagas destinadas à ampla concorrência, disse a pasta.

A carioca e diplomata Marise Nogueira, foi a primeira bolsista do programa, em 2002, aprovada no CACD. Por causa dele, ela pôde reduzir sua jornada de trabalho e intensificar os estudos. Filha de uma agente administrativa e de um torneiro mecânico, Marise se formou em medicina e, com a ajuda de bolsas, estudou inglês, francês e fez mestrado. Atualmente, ela ocupa a função de conselheira - dois níveis abaixo do cargo de embaixadora - na embaixada em Washington. 

Para a diplomata, o fato de haver três diplomatas negros na capital americana indica que valeu a pena investir no programa de ação afirmativa. "Nosso encontro em Washington é o resultado de uma política pública que vem dando certo. Ao apoiar a diversidade de sua representação por meio de programas como o Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia para Afrodescendentes, o governo valoriza a identidade do povo brasileiro, busca reparar desigualdades e reitera o compromisso de promover igualdade racial", afirma Nogueira.

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