Pelo menos 100 caminhões de ajuda por dia são necessários em Gaza, diz ONU
Autoridades também pedem entrega de combustível na região

Foto: Unicef/Eyad El Baba
Para atender às necessidades humanitárias, a ONU enfatiza que pelo menos 100 caminhões de ajuda por dia são necessários na Faixa de Gaza. A travessia de Rafah, entre Gaza e o Egito, foi aberta pelo segundo dia consecutivo no domingo (22), permitindo a entrada de 14 caminhões transportando alimentos, água e suprimentos médicos. Segundo o Escritório da Organização das Nações Unidas de Assuntos Humanitários (Ocha), isso equivale a cerca de 3% do volume médio diário de mercadorias que entravam em Gaza antes do conflito.
As entregas de ajuda que entraram pela passagem não incluem combustível. A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (Unrwa), considerado o maior provedor humanitário em Gaza, disse que as reservas irão se esgotar nos próximos três dias.
No domingo (22), o comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, pediu que se permita imediatamente o fornecimento de combustível. Sem o recurso, não haverá água, nem hospitais e padarias funcionando. “Sem combustível, a ajuda não chegará a muitos civis necessitados. Sem combustível, não haverá assistência humanitária”, reforçou Lazzarini.
Vítimas
De acordo com fontes oficiais israelenses citadas pelo Ocha, cerca de 1,4 mil pessoas foram mortas em Israel, a maioria nos ataques do Hamas em 7 de outubro. A agência disse que o número de vítimas fatais relatado é “mais de três vezes o número cumulativo de israelenses mortos” desde que começou a registrar vítimas em 2005. Três brasileiros morreram desde o início do conflito: Karla Stelzer, Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer.
As autoridades de Israel afirmam que pelo menos 212 cidadãos israelenses e estrangeiros estão mantidos em cativeiro em Gaza. Dois reféns foram libertados na última sexta-feira.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou repetidamente ao Hamas para que libertasse os reféns de forma imediata e incondicional.
O Ocha informou também que desde a tarde de 21 de outubro, as forças israelenses mataram sete palestinos na Cisjordânia, incluindo dois mortos em um ataque aéreo em Jenin.