Percentual de notas altas em redação cresce no 1º Enem da pandemia, mas segue baixo entre indígenas, pretos e pardos

O percentual de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que atingiram nota de redação igual ou superior a 900 cresceu de 6,7%, em 2019, para 9,9%, em 2020, na primeira edição realizada durante a pandemia de covid-19. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Como mostra o levantamento, o percentual de notas mais altas de redação ainda é menor entre os candidatos que se declaram indígenas, pretos e pardos. Ele é mais expressivo entre candidatos que se declaram brancos ou que não declararam a raça.

No Enem 2020, houveram 14.159 provas de redação de candidatos indígenas. Desse total, 282 pessoas (1,99% em relação ao total) atingiram nota de redação igual ou superior a 900. Quando comparado com 2019, o crescimento da porcentagem das notas mais altas foi de 0,71 ponto percentual.

Já entre os candidatos que se declararam pretos, 324.688 fizeram a redação do Enem 2020. Deles, 11.811 (3,63%) tiveram nota acima de 900, o que representa alta de 1,23 p.p. em relação a 2019.

No grupo de candidatos que se declararam pardos, 1.206.123 executaram a redação em 2020 e 62.197 deles (5,15%) atingiram ao menos 900 na redação. Houve crescimento de 1,74 p.p. no grupo de notas mais altas na comparação com 2019.

59.466 candidatos que se declararam amarelos fizeram a prova de redação. Destes, 3.907 (6,57%) alcançaram nota igual ou superior a 900, uma alta de 2,25 p.p. em relação ao ano anterior.

Entre 1.019.144 de candidatos brancos que fizeram a redação do Enem 2020, 101.187 (9,92%) tiraram no mínimo 900. Quando comparado com o ano anterior, houve variação positiva de 3,22 p.p. no grupo de participantes com notas mais altas.

51.356 candidatos que não declararam raça fizeram a redação. Neste grupo, 3.989 (7,76%) tiraram nota igual ou acima de 900, um avanço de 2,50 p.p. sobre a edição anterior.