Pesquisa aponta que Facebook sabe que o Instagram é tóxico para jovens meninas
Comparações no aplicativo podem mudar a forma como mulheres se veem e se descrevem

Foto: Getty Images
Uma reportagem publicada pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal na última quarta-feira (15) aponta, a partir de documentos, que o Facebook sabe que o Instagram é prejudicial para jovens meninas. Em março do ano passado, pesquisadores que pertencem ao Facebook afirmaram que, após realizar um estudo, 32% das adolescentes entrevistadas disseram que, quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram contribuía para piorar esse sentimento.
O levantamento foi revisado pelo The Wall Street Journal e mostra que comparações no aplicativo podem mudar a forma como jovens mulheres se veem e se descrevem. Nos últimos três anos, o Facebook realizou estudos sobre como o Instagram afeta os milhões de usuários, principalmente adolescentes. Um slide de 2019 aponta que o aplicativo piorou os problemas de imagem corporal para uma em cada três garotas. Além disso, outros dados mostram que elas culpam a plataforma pelo aumento nas taxas de ansiedade e depressão.
"Entre os jovens que relataram pensamentos suicidas, 13% dos usuários britânicos e 6% dos usuários americanos relacionaram o desejo de se matar com o Instagram", mostrou uma apresentação da empresa. De acordo com a publicação, mais de 40% dos usuários do Instagram têm 22 anos ou menos, e cerca de 22 milhões de adolescentes acessam o aplicativo nos EUA todos os dias, em comparação com cinco milhões de pessoas da mesma faixa etária que entram no Facebook, número que vem encolhendo há anos.