Pessoas com deficiência estão em 1% da publicidade nas redes sociais, aponta estudo
Pesquisa analisou 1.902 posts de 50 marcas feitos pelos 20 principais anunciantes do País entre janeiro e dezembro de 2020

Foto: Reprodução
De acordo com a terceira edição da pesquisa ‘Diversidade na Comunicação de Marcas em Redes Sociais’, pessoas com deficiência estão presentes em somente 1% dos anúncios publicitários divulgados em perfis brasileiros do Instagram e Facebook. O estudo que é organizado pela Elife e a agência SA365, analisou 1.902 posts de 50 marcas feitos pelos 20 principais anunciantes do País entre janeiro e dezembro de 2020.
O estudo avaliou postagens com mulheres, homens, pessoas pretas, idosas, gordas, amarelas, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência.
Usando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, entre outras fontes oficiais, o estudo destacou que "pessoas gordas e pessoas com deficiência são os grupos com maior disparidade entre a representação na comunicação digital e a presença média da população”.
Segundo os números da pesquisa, pessoas com deficiência são 23% da população, mas aparecem em somente 1% dos anúncios analisados. E pessoas gordas são 56% dos cidadãos, mas surgem em 3% apenas das publicidades.
Apenas quatros setores tiveram pessoas com deficiência representados na comunicação em mídias sociais: Financeiro, Higiene Pessoal / Beleza, Automotivo e Alimentos. Segundo os pesquisadores, "pretos também estão sub-representados. Mesmo sendo 56% da população, aparecem em 38% das comunicações. Comparado ao estudo do ano anterior, brancos se mantêm no topo dos mais frequentemente representados, mulheres tiveram queda de 10 pontos percentuais e a representação negra foi a única que cresceu (4%) de um ano para o outro”.
A pesquisa ressalta ainda que marcas de varejo, cervejas e beleza têm predominância do padrão magro, sem considerar a diversidade dos tipos de corpos.