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Pessoas felizes também traem?

No seu livro, a terapeuta Esther Perel explica o porque da traição com amor.

Por Cafofo Chic
Pessoas felizes também traem?
Foto: Divulgação

Antigamente se pensava que a traição acontecia porque as pessoas se casavam e um dia, descobriam não mais se amar e acabavam se apaixonando por outra pessoa. Agora, as pessoas se casam por amor e ainda assim, traem. Por que nos “desapaixonamos”? Por que somos infelizes? Ou simplesmente por tédio? No seu mais recente livro, The State of Affairs: Rethinking Infidelity, a psicóloga e terapeuta Esther Perel (Antuérpia, 1958), best-seller norte-americana com direito e discurso nas TED Talks, diz que é pequeno pensar que só os infelizes traem. A especialista, que conduz um programa áudio inovador de aconselhamento para casais – Were Should We Begin –, avança com vários fatores para explicar a infidelidade e defende que, quando um casal quer mesmo ficar junto, uma relação extraconjugal pode até ser benéfica. Num extenso artigo publicado pela Revista Atlantic, Perel explica que, tal como o conceito de casamento se alterou, substancialmente, nas últimas décadas e que a questão da infidelidade tem, hoje, nuances bem diferentes. Já não se trata, simplesmente, de procurar fora de casa aquilo que a relação não tem, mas de exigir que o casamento forneça tudo: segurança, companheirismo, confiança e amor, mas também paixão, aventura e risco. E, como bem nota a especialista, fica difícil conciliar tantos conceitos adversos.

Reza a história, e os romances de cordel, que as mulheres estão habituadas a ser traídas, ao contrário dos homens, que têm uma espécie de bênção cultural para manter as suas aventuras, mas pouco estômago para perdoar a infidelidade. Isso não é mais assim porque os tempos mudaram. "Antigamente, as mulheres se casavam e só então iniciavam a sua vida sexual. Agora, põem termo a uma série de relações quando se casam", explica Esther Perel, para quem este nomadismo sexual feminino alterou – e muito – as regras do jogo.

A terapeuta aborda a ideia de traição como ferramenta de autoconhecimento. Acredita que, muitas vezes, a infidelidade é mais uma busca de si próprio e de sentimentos há muito esquecidos do que de outro homem ou de outra mulher. "A traição pode ser uma desilusão conosco, com aquilo em que nos tornamos depois da relação e pouco ter a ver com o parceiro. Quem sabe se não andamos atrás de uma nova versão de nós mesmos e não de outro amor?" É claro que existem momentos especialmente perigosos: "Há períodos na vida muito propícios a crises de dúvidas. E o ser humano é especialista em procurar aquilo que perdeu no lugar errado ou onde pensa ser mais fácil encontrar." Talvez por isso acredite que a traição "é mais sobre sentir-se sexy do que fazer sexo". Resta esperar que o outro, o legítimo, compreenda e aceite. A infidelidade pode ser um disfarce para problemas do passado e, até mesmo, sintomas de um vazio outrora preenchido por outrem (o marido agora ausente ou os filhos que saem de casa). Certo, é que o estado de paixão (nem que seja hipotético) provoca tal efeito no ser humano que muitos psicólogos comparam aos sintomas que procedem um episódio traumático: obsessão, hipervigilância, ausência de fome, instabilidade de humor, entre outros.

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