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PF aponta ex-ministro da Previdência como integrante de esquema de fraude em descontos a aposentados

Ahmed Mohamad Oliveira foi ministro durante gestão de Jair Bolsonaro

Por Da Redação
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PF aponta ex-ministro da Previdência como integrante de esquema de fraude em descontos a aposentados

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A investigação da Polícia Federal atribui ao ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira, que anteriormente usava o nome José Carlos Oliveira, decisões que permitiram a continuidade e a expansão das fraudes relacionadas à Conafer em aposentadorias e pensões do INSS. Ele chefiou a pasta durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Os investigadores afirmam que, ainda como diretor de benefícios do INSS, Ahmed autorizou o repasse de R$ 15,3 milhões à entidade sem exigir os documentos previstos no Acordo de Cooperação Técnica que regulava o convênio. Segundo a A PF, a liberação ocorreu sem verificação das filiações e abriu caminho para que a Conafer inserisse mais de 650 mil beneficiários no esquema de descontos indevidos.

Entre os materiais recolhidos pelos policiais está uma planilha de fevereiro de 2023 com registro de R$ 100 mil destinado a “São Paulo Yasser”, codinomes associados ao ex-ministro. Foram encontradas também mensagens enviadas por Ahmed ao operador Cícero Marcelonoi que, segundo a PF, indicam recebimento de valores.

Atuação de Stefanutto

O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, preso nesta quinta-feira (13), também é apontado como beneficiário do grupo. A PF afirma que ele recebia pagamentos mensais que poderiam chegar a R$ 250 mil.

Os documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) descrevem Stefanutto como peça central na manutenção do modelo de repasses usado pela Conafer desde 2017. Planilhas, conversas interceptadas e liberações de recursos sem comprovação de filiação reforçam essa avaliação.

Segundo a investigação, as propinas eram distribuídas por meio de empresas de fachada e, em alguns casos, por estabelecimentos comerciais comuns, como uma pizzaria.

A PF estima que, apenas via Conafer, mais de R$ 640 milhões tenham sido desviados entre 2017 e 2023. O mecanismo incluía falsificação de fichas de adesão, uso indevido de assinaturas de aposentados e inclusão de dados fraudulentos nos sistemas internos do INSS.

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