PF localiza pilhas de dinheiro na residência de ex-sócio de Vorcaro em São Paulo
Augusto Lima é um dos alvos de prisão da operação que apura o suposto o suposto esquema de criação e negociações de títulos de crédito sem lastro

Foto: Divulgação/PF
A Polícia Federal aprendeu pilhas de dinheiro na casa de Augusto Lima, ex-sócio do banqueiro Daniel Vorcaro no Banco Master, ao longo do cumprimento de mandados da Operação Compliance Zero, em São Paulo.
O montante, que integra o valor total de aproximadamente R$ 1,6 milhão em espécie recolhido até o momento, foi encontrado durante buscas realizadas pela corporação na manhã desta terça-feira (18).
Augusto é um dos alvos de prisão da operação que apura o suposto esquema de criação e negociações de títulos de crédito sem lastro, utilizados para aumentar artificialmente ativos financeiros.
De acordo com a PF, Augusto teria atuado na estrutura do banco e participado de manobras internas para esconder irregularidades detectadas pelo Banco Central.
A operação ocasionou sete prisões, sendo quatro preventivas e duas temporárias. Também foi bloqueado R$ 12,2 bilhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas associadas ao esquema. Foram recolhidos ainda carros de luxo, obras de arte e relógios de alto padrão.
A coluna de Mirelle Pinheiro, do Metrópoles divulgou a identidade dos sete presos. Confira abaixo:
Daniel Bueno Vorcaro, presidente do Banco Master;
Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia;
Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria;
Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, que consta como um dos sócios do banco;
Augusto Ferreira Lima, ex-CEO do Master;
Henrique Souza e Silva Peretto; e
André Felipe de Oliveira Seixas Maia.
A deflagração da operação aconteceu no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, o que, na prática, retira a instituição do sistema financeiro e determina a venda dos bens para o pagamento de credores.
O conglomerado de Vorcaro possuía R$ 86,3 bilhões em ativos, o volume mais elevado já envolvido em um processo de liquidação da história do sistema financeiro do Brasil.
A prisão do banqueiro aconteceu quando ele foi interceptado pela PF ao tentar embarcar em um jatinho no Aeroporto de Guarulhos. A corporação apura se ele tentava fugir do país.
Como o esquema acontecia?
A investigação foi iniciada em 2024, a pedido do Ministério Público Federal, depois que o Banco Central identificou indícios de que o Master teria fabricado carteiras de crédito 'inexistentes" e comercializados os títulos a outra instituição financeira.
Quando a fraude foi detectada, os papéis foram substituídos por outros ativos sem a devida avaliação técnica adequada, na tentativa de encobrir o rombo.
A PF investiga crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


