PF sugere inclusão de Mauro Cid e família em programa de proteção a testemunhas
Decisão sobre a inclusão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos penais relacionados a trama golpista

Foto: Ton Molina/STF
A Polícia Federal sugeriu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que inclua o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em um programa de proteção a testemunhas.
A sugestão será analisada pela Procuradoria-Geral da República, que dará parecer sobre a proposta. A decisão sobre a inclusão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos penais relacionados à trama golpista.
Mauro Cid fez um acordo de delação premiada no caso da ação penal que investiga a atuação de uma organização criminosa comandada por Bolsonaro para seguir no poder, apesar da derrota nas urnas, em 2022.
"A Polícia Federal, a seu turno, informou que, como ação indispensável à preservação da integridade física do réu e de seus familiares, revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas", disse.
A Polícia Federal não divulgou se Mauro Cid e os familiares receberam algum tipo de ameaça, o que pode ter baseado a sugestão de inclusão no programa de proteção de testemunhas.
Por ter delatado o esquema golpista, Cid recebeu pena mais leve entre os condenados pela Primeira Turma do STF, conseguindo manter os benefícios do acordo de colaboração.
O colegiado fixou a punição em 2 anos de reclusão em regime aberto, com cumprimento de medidas cautelares.
No regime aberto, Mauro Cid precisa:
Ficar em casa, só podendo sair com autorização;
Está proibido de deixar o país.


