PGR afirma que Witzel recebeu R$ 274 milhões em propina desde o início da sua gestão
Governador do Rio de Janeiro foi afastado do cargo na manhã de hoje (28)

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Na denúncia apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afastado do cargo na manhã desta sexta-feira (28), embolsou um valor de cerca de R$ 274 milhões em propina ao longo dos dois anos e quase nove meses à frente do governo.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a dinheiro teria sido pago por empresas ligadas a Mário Peixoto, que está preso. "[...] de agosto de 2019 a abril de 2020, em pelo menos 21 oportunidades, com o auxílio de sua mulher e de Lucas Tristão, o governador solicitou, aceitou e recebeu vantagens indevidas no valor de 274,2 milhões [...]."
PGR pediu prisão do governador
A PGR ainda afirmou que com os crimes graves apontados envolvendo Witzel, foi solicitado a prisão preventiva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o ministro Benedito Gonçalves só autorizou o afastamento governador por 180 dias do cargo, além de determinar medidas cautelares, como a proibição de manter contato com investigados e de ingressar nas dependências do governo do Rio.
Em sua decisão, Benedito argumentou que o afastamento do governador seria suficiente para interromper a atividade criminosa, por isso não autorizou a prisão. "Observo que é razoável apenas o afastamento cautelar do exercício da função pública (...), em detrimento da prisão preventiva, pois, em relação a ele, as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de pagamentos ao escritório de advocacia da primeira-dama devem cessar com o alheamento do exercício da função de chefe máximo do Poder Executivo estadual", escreveu o ministro.