PGR se manifesta favorável a cirurgia de Bolsonaro no Natal

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou favoravelmente ao pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que o ex-presidente faça uma cirurgia no dia 25 de dezembro. Os advogados solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente seja internado nesta quarta-feira (24) para poder operar duas hérnias inguinais no Natal.

“A Procuradoria-Geral da República não se opõe aos pedidos de condução do apenado Jair Messias Bolsonaro ao Hospital DF Star em 24/12/2025 para realização de exames preparatórios para posterior cirurgia em 25/12/2025. Não se opõe, igualmente, à presença dos acompanhantes nomeados pela defesa”, disse Gonet.

Moraes encaminhou a solicitação à PGR, que se manifestou de maneira favorável. O passo seguinte para que Bolsonaro possa deixar a prisão na Superintendência da Polícia Federal e se encaminhar ao Hospital DF Star, em Brasília, é a autorização do ministro do STF.

Moraes já deu aval para a cirurgia depois da Polícia Federal fazer exames de perícia em Bolsonaro e identificar duas hérnias inguinais. Faltava a defesa indicar as datas, o que aconteceu nesta terça.

Diante da autorização, Bolsonaro deverá fazer a cirurgia e retornar para a prisão assim que receber alta médica. Na mesma decisão que permitiu a cirurgia, o ministro negou o pedido da defesa para a conversão da pena em prisão domiciliar, destacando que legislação visa o benefício somente para condenados em regime aberto, o que não se aplica ao caso.

O laudo emitido pela Polícia Federal indicou necessidade de reparo cirúrgico em caráter eletivo e permitiu a realização do procedimento, desde que fosse agendado antecipadamente.

De acordo com o laudo, mesmo não se tratando de uma emergência, os peritos da PF recomendaram que o procedimento fosse feito o mais breve possível, diante da piora do quadro clínico e do risco de complicações se ocorrer agravamento da condição.

Bolsonaro está preso desde o dia 22 de novembro, depois de queimar a tornozeleira eletrônica que utilizava. No dia 25 daquele mês, o ex-presidente começou o cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão no processo da trama golpista.