Piloto de balão que caiu e deixou 8 mortos em Santa Catarina não possui licença para voos comerciais, diz Anac
Defesa do piloto nega a afirmação e alega que na região de Santa Catarina os pilotos seguem uma norma diferente

Foto: Reprodução/Redes sociais
O piloto Elves de Bem Crescêncio, que conduzia o balão que caiu em Praia Grande, Santa Catarina, deixando oito mortos na manhã de sábado (21), não possui licença válida para realizar voos comerciais, afirma a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A informação foi divulgada pelo Estadão.
Em nota enviada ao jornal, a agência reguladora afirmou que "o piloto Elves de Bem Crescêncio não possui licença de Piloto de Balão Livre (PBL)".
O advogado do piloto, Clóvis Rogério Scheffer, nega a afirmação e diz que ele possui cadastro vigente de aerodesportista junto à Anac. Segundo ele, existem duas normas diferentes do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC).
Para o advogado, a certificação PBL, citada pela Anac, segue a norma RBAC 91, com balões com prefixo com as iniciais PP (piloto privado), para voos não comercializados. Na região de Santa Catarina, onde o voo foi realizado, os pilotos seguem a norma RBAC 103, com prefixo com as iniciais BR (voos comercializados).
O Estadão questionou a Anac novamente sobre a alegação da defesa do piloto, mas a agência não respondeu.
Crescêncio é um dos sócios da Sobrevoar Serviços Turísticos, responsável pelo voo de sábado. Ela afirma cumprir as regras da Anac para voar e afirma não ter registro de outros acidentes.
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