Planalto responde cobrança do governo de SP sobre lote extra da CoronaVac: 'ato midiático'
Pazuello afirma que vai analisar a solicitação do Butantan

Foto: Divulgação/ GovSP
O Palácio do Planalto respondeu às declarações do Instituto Butantan de que, se a União não sinalizar até o fim desta semana que quer adquirir um lote de 54 milhões de doses da vacina CoronaVac, os imunizantes serão exportados. O governo federal disse que o "ato midiático" do governo de São Paulo "promove a desinformação, a divisão e a politização da saúde pública do povo brasileiro", em nota assinada pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e o Ministério da Saúde.
O documento distribuído à imprensa na noite de ontem (27) destaca ainda que as afirmações do governador de SP, João Doria (PSDB) e do Butantan "são improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal".
O presidente do Butantan, Dimas Covas, tem cobrado publicamente a a equipe do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela resposta imediata sobre o lote. Ele insiste porque já há negociações de países vizinhos, e citou a Argentina como possível destino dos imunizantes.
O governador Doria disse que era "inacreditável que, diante de uma pandemia em um País que precisa de vacinas para salvar vidas, tenhamos o distanciamento (...) e esta resposta não é dada. Precisamos de mais vacinas."
Em nota, Pazuello confirma que recebeu o ofício e que irá analisar a solicitação. "O contratante Ministério da Saúde informa que irá analisar essa solicitação encaminhada pela Contratada Fundação Butantan, o que ainda está dentro do prazo legal previsto no contrato", cita a nota, que finaliza: "o governo federal está empenhado, junto com os demais governadores, em combater a covid-19, garantindo a vacinação a todo brasileiro".