PMs viram réus no caso que investiga morte de Kathlen Romeu
Policiais foram acusados por fraude processual e falso testemunho

Foto: Reprodução
Após denúncia do Ministério Público, cinco policiais militares que estavam na ação no Complexo do Lins que terminou com a morte de Kathlen Romeu, de 24 anos, viraram réus na Auditoria da Justiça Militar por falso testemunho e fraude processual. A polícia do Rio concluiu que o tiro que matou a jovem partiu de um dos PMs. Na Delegacia de Homicídios da Capital, dois policiais confessaram ter disparado naquele dia.
"Inicialmente, verifico que há indícios de materialidade e de autoria dos crimes apontados, que decorrem dos elementos coligidos no procedimento administrativo, em especial os depoimentos colhidos em sede policial e no Ministério Público, Laudo de Exame de Local, Reprodução Simulada dos Fatos e Pen Drive contendo imagens. Presente, portanto, a justa causa para deflagração da ação penal. Pelo exposto, recebo a denúncia", afirmou o juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari.
Agora, os PMs Cláudio da Silva Scanfela, Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira e Rodrigo Correia de Frias passaram a réus. De acordo com a denúncia do MP, os PMs retiraram o material que estava no local em que Kathlen foi atingida antes da chegada da perícia, e ainda acrescentaram 12 cartuchos calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas.
"Ato contínuo, enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Frias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos ", afirmou Mazza Vaccari.


