Políticos repercutem falas de Bolsonaro sobre auxílio emergencial e questões ambientais
Discurso foi feito nesta nesta terça-feira (22) na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas
O discurso do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (22), na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) continua a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e entre políticos.
Aliada do presidente, a deputada federal Carla Zambeli (PSL-SP), por exemplo, saiu em defesa da fala sobre o auxílio emergencial. Segundo a bolsonarista, o presidente se referia à soma das parcelas do benefício, o que totalizaria mil dólares e não disse que cada parcela teria esse valor.
Por outro lado, a também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) fez os cálculos e colocou que o valor não fecha. "Desde abril, foram 6 parcelas de 600 reais de auxílio emergencial. Total: 3600 reais ou 657 dólares (US$1 = R$5,48). Mas Bolsonaro disse que pagou 1000 dólares. Pra que fosse verdade, o auxílio deveria ser de 914 reais", explicou.
A questão ambiental também entrou na pauta de discussões e o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), por exemplo, afirmou que o presidente da República mente para o mundo ao afirmar que há uma campanha de desinformação sobre a Amazônia e Pantanal, enquanto o que há, na avaliação dele, é uma ação sistemática do governo para reduzir a fiscalização, ameaçar fiscais e estimular atividades ilegais nestes biomas.
A mesma linha foi adotada pela líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida, que falou que o Brasil vem se destacando negativamente com as queimadas no Pantanal e na Amazônia. "Pelas quais ele [Jair Bolsonaro] acusou injustamente culpados: os caboclos e índios que, para nós, são os verdadeiros defensores da floresta. O presidente delira sobre uma tal 'campanha de desinformação' que divulga o fumacê das queimadas no exterior. Na verdade, o presidente nos distancia cada vez mais de países com os quais precisamos cooperar", registrou.
