General Heleno defende retaliar países que boicotarem produtos brasileiros

Segundo o ministro, país pode adotar princípio de reciprocidade com outras nações

[General Heleno defende retaliar países que boicotarem produtos brasileiros]

FOTO: Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse nesta terça-feira (22), que o Brasil pode retaliar países que passarem a adotar políticas de boicote a produtos brasileiros devido às políticas ambientais do governo. Um pouco antes do  discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na abertura da Assembleia Geral da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), o ministro disse ainda que  as queimadas na Amazônia têm um fator criminoso. Porém, ele defendeu que os incêndios no Pantanal foram acidentais.

Em discurso, Bolsonaro disse que o país vive uma campanha de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. Atualmente, o Brasil tem sido alvo de críticas por ONGs, empresas e investidores por não conter o  aumento de queimadas e desmatamento nos dois biomas. 

Ainda nesta terça (22), Heleno comentou, em entrevista  à Rádio Bandeirantes, sobre o conteúdo de uma carta aberta assinada por um grupo de oito países europeus ao vice-presidente Hamilton Mourão, na qual pedia melhores políticas de preservação. “[Retaliar] é uma medida que, obviamente, pode estar na mira do governo brasileiro, só que é o tal negócio: você já comprou uma coisa finlandesa, norueguesa, sueca? Eu não me lembro de ter na minha casa produtos [desses países]”, disse o ministro.

O jornalista da Rádio Bandeirantes, então, afirmou: "Alemã já". “Não, Alemanha tem muita coisa. Esse é um que valia até a pena, mas eu não quero citar países, eu tenho muito medo de criar um problema diplomático e ser injusto até”,  completou Heleno.

Na carta enviada ao vice-presidente, os países afirmam que o desmatamento dificulta a compra de produtos brasileiros. Contudo, o ministro do GSI defendeu a atuação do governo Bolsonaro na preservação do meio ambiente, citando a "pequena fortuna" gasta com operações contra queimadas durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com Heleno,  existem países e instituições interessados em tirar Bolsonaro do poder. Ele defendeu ainda que o governo tome medidas legais contra a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e disse que o governo estava "levantando dados dessa instituição".

“A minha opinião é que nós temos que ir para cima, sim. Estamos levantando dados dessa articulação dos povos indígenas brasileiros, até porque acho que eles não tem nem CNJP, então nós estamos buscando realmente qual é a missão deles, quais são seus verdadeiros objetivos para, se for o caso, mover uma ação contra esse trabalho nefasto que eles fazem”, disse.  Ainda segundo o ministro, as pessoas interessadas em derrubar o presidente Bolsonaro "não admitem alternância de poder" e nunca imaginaram que ele pudesse ganhar a eleição.


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