Porteiro muda versão no caso Marielle Franco
Em novo depoimento, porteiro disse que errou ao assinar livro de entrada

Foto: Reprodução
Em depoimento à Polícia Federal no Rio de Janeiro, na terça-feira (19), o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem residência, mudou versão de depoimento inicial sobre inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Na nova versão contada, o porteiro afirma que à polícia que registrou de forma incorreta o nome de Jair Bolsonaro no livro da portaria.
Anteriormente, no depoimento dado nos dias 7 e 9 de outubro, o porteiro disse ter ouvido - no dia 14 de março de 2018 - uma autorização do "seu Jair" (em alusão ao presidente da República) para que um dos acusados das mortes entrasse no condomínio. Bolsonaro, neste dia, estava em Brasília, na Câmara dos Deputado, data em que ocorreu o fato narrado pelo porteiro.
A PF afirma que não conseguiu ainda descobrir se o depoente se confundiu ou se foi pressionado a citar “seu Jair” em seus depoimentos anteriores — e, se houve pressão, de quem partiu.
À Polícia Civil, o funcionário do condomínio relatou que o ex-PM Élcio Queiroz disse que iria à casa do presidente e não à casa de Ronnie Lessa horas antes do assassinato da parlamentar e seu motorista no dia 14 de março de 2018. Élcio e Ronnie são os únicos presos pelo duplo assassinato da vereadora e do motorista.