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Possível indicação de Jorge Messias ao STF divide bancada evangélica no Congresso

Parte dos parlamentares afirma que o ministro da AGU não é referência entre evangélicos

Por Da Redação
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Atualizado
Possível indicação de Jorge Messias ao STF divide bancada evangélica no Congresso

Foto: Daniel Estevão/AscomAGU

A possível indicação do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) tem provocado divergências entre parlamentares da bancada evangélica, segundo informou a CNN Brasil na noite desta sexta-feira (10).

Membro da Igreja Batista e aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Messias é apontado como o nome mais cotado para a vaga aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.

Enquanto alguns deputados avaliam que a escolha poderia representar um gesto de aproximação política entre o governo e o eleitorado evangélico, outros afirmam que Messias é um “evangélico de esquerda” e não expressa as pautas predominantes do grupo.

Caso seja confirmado, o chefe da AGU será o segundo ministro evangélico da Corte, após André Mendonça, indicado em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação, contudo, depende de aprovação do Senado após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), minimizou o possível alcance da indicação.

“Evangélico de esquerda representa 5% do total dos evangélicos. Caso Lula indique, estará indicando um esquerdista evangélico. Evangélicos esquerdistas não são 5% dos evangélicos”, disse.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também afirmou que o nome não deve ser interpretado como tentativa de diálogo com o segmento religioso.

“Ele não está sendo indicado por ser evangélico, mas por ser um jurista de esquerda, membro do grupo Prerrogativas e homem de confiança do presidente Lula. Ele é desconhecido do segmento evangélico”, declarou.

Outros parlamentares consideram, porém, que a presença de Messias no STF pode atenuar resistências entre governo e evangélicos. “Com certeza é um avanço no relacionamento com o segmento evangélico. Melhor um Jorge Messias do que um perfil Flávio Dino”, disse o deputado Eli Borges (PL-TO).

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) afirmou que pode apoiar a indicação.

“Se eu puder colaborar, vou fazer. O nome do Messias é altamente estratégico para o presidente Lula sinalizar à comunidade evangélica. Mesmo sendo de esquerda, ter um evangélico no STF equilibra um pouco mais a Corte”, declarou.

Entre os que elogiaram o nome, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) classificou a possível escolha como um movimento de peso político.

“Uma excelente escolha. Além de ter preparo, se mostrou muito equilibrado. Sendo evangélico, ainda quebra a narrativa bolsonarista de que Lula é contra evangélicos. Seria uma tacada política de mestre”, afirmou.

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