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Polícia localiza no interior de SP fábrica clandestina de bebidas ligadas à morte de duas pessoas por intoxicação com metanol

Há suspeita que fábrica pirata no ACB Paulista adquiria etanol em postos de combustível e misturava com bebidas

Por Da Redação
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Polícia localiza no interior de SP fábrica clandestina de bebidas ligadas à morte de duas pessoas por intoxicação com metanol

Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil de São Paulo localizou nesta sexta-feira (10), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a fábrica clandestina de onde teriam saído as garrafas de bebida alcoólica que provocaram a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.

De acordo com a polícia, a suspeita é de que a fábrica pirata adquiria etanol em postos de combustível.

O etanol comprado por fabricantes estaria adulterado com metanol. O combustível era misturado em bebidas com vodka.

A descoberta aconteceu durante a investigação instaurada para apurar os casos de adulteração de bebidas alcoólicas, depois das duas primeiras mortes serem registradas em SP. As vítimas haviam ingerido vodka no mesmo estabelecimento comercial localizado na Zona Leste de São Paulo.

Depois de a investigação identificar os fabricantes da bebida, a operação, com mandados de busca e apreensão, desmantelou a fábrica clandestina em São Bernardo.

De acordo com a polícia, a proprietária da fábrica confessou que havia adquirido as garrafas de uma distribuidora não autorizada. Ela foi presa em flagrante pelo crime de adulteração de bebidas.

A suspeita será autuada por falsificação, corrupção, adulteração de substâncias ou produtos alimentícios, tornando-os nocivos à saúde ou diminuindo o valor nutritivo. A pena para crimes como esses é de reclusão de 4 a 8 anos e multa.

Além de São Bernardo do Campo, endereços em São Caetano do Sul e na capital também foram vistoriados. No total, oito suspeitos foram enviados à delegacia para prestar esclarecimentos.

Garrafas, bebidas, aparelhos celulares e outros itens foram apreendidos na ação e enviados à perícia.

A Polícia Civil diz que segue com as investigações para identificar o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos apreendidos.

Vítimas da adulteração

Uma das vítimas que teria consumido bebidas falsificadas produzidas na fábrica clandestina de São Bernardo é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos.

No bar onde Ricardo tomou a bebida, localizado na Mooca, Zona Leste de São Paulo, os investigadores apreenderam nove garrafas — uma de gin e oito de vodka —, abertas e fechadas.

Peritos detectaram a presença de metanol em oito das garrafas, com percentuais elevados que variavam entre 14,6% e 45,1%.

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