Pré-COP30: Marina Silva volta a cobrar financiamento internacional em projetos ambientais
Segundo a ministra, seriam necessários US$ 282 bilhões por ano para preservar as florestas

Foto: Agência Brasil/José Cruz
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a defender nesta segunda-feira (13) iniciativas de financiamento internacional para florestas em países em desenvolvimento. Ela discursou durante o primeiro dia da pré-COP30, evento que antecipa negociações multilaterais e prepara os acordos que devem ser firmados na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcada para novembro em Belém (PA).
“Sem as florestas, o equilíbrio climático global não se sustenta. Ainda assim, os recursos destinados à sua proteção estão muito aquém do necessário. Estima-se que seriam precisos US$ 282 bilhões por ano, mas hoje contamos com apenas um quarto desse valor. Para preencher essa lacuna, precisamos mobilizar ações concretas de financiamento para a natureza. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre é uma dessas iniciativas. (...) Não se trata de doação, mas de investimento", afirmou a ministra.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é uma das principais agendas do governo Lula para a COP30. Liderado pelo Brasil e mais 11 países, o fundo poderá beneficiar mais de 70 nações tropicais, segundo Marina.
O Brasil deve destinar US$ 1 bilhão à iniciativa, que propõe um modelo de financiamento para a conservação das florestas tropicais no mundo.
A ministra também defendeu o fortalecimento do REDD+, mecanismo que recompensa países em desenvolvimento pela redução de emissões de gases de efeito estufa por meio da conservação de florestas.
Juntos, TFFF e REDD+ podem gerar cerca de US$ 9 bilhões por ano, cobrindo quase 60% do financiamento necessário para zerar o desmatamento até 2030.