Prefeito da capital do Canadá declara emergência após protesto de caminhoneiros entrar no 11º dia
Comboio que bloqueia ruas de Ottawa contra obrigatoriedade de imunização registrou ataques contra minorias e ameaças

Foto: Getty Images
O prefeito de Ottawa, capital do Canadá, declarou situação de emergência devido à manifestação de caminhoneiros que já entra no 11º dia, nesta segunda-feira (7). Há um comboio bloqueando o tráfego nos arredores da cidade, pedindo a retirada da obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19 para motoristas que circulam através da fronteira do país com os Estados Unidos.
O prefeito, Jim Watson, declarou que a cidade está "completamente fora de controle" e que os protestos representam uma ameaça à segurança dos moradores. Em entrevista à rádio CRFA, Watson não detalhou quais medidas irá impor, mas a polícia já informou, no domingo (6), que irá intensificar a fiscalização e poderá prender pessoas que ajudam os manifestantes com combustível, papel higiênico e comida.
" Os manifestantes estão se comportando de forma cada vez mais insensível, tocando buzinas e sirenes, [disparando] fogos de artifício e transformando o protesto em uma festa", disse o prefeito, que acrescentou: "Claramente, estamos em menor número e estamos perdendo esta batalha. Isso precisa ser revertido. Temos que recuperar nossa cidade".
Inicialmente, o protesto dos caminhoneiros lutava contra a exigência de vacina para transitar na fronteira, mas acabou agregando todo o movimento antivacina e se posicionou também contra as medidas de restrições impostas na pandemia. Isso tem gerado preocupação ao governo de Ottawa, devido à publicidade de ideias extremistas.
Houve casos de pessoas que portavam bandeiras nazistas, perseguiram pessoas de minorias e ameaçaram repórteres, durante a manifestação. No domingo, autoridades confirmaram que estão trabalhando em 60 investigações criminais envolvendo o bloqueio, como roubos, crimes de ódio e danos à propriedade.